segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Entrevista para a Revista Vida Saude.

http://revistavivasaude.uol.com.br/saude-nutricao/102/artigo235504-1.asp

Vitiligo
As manchas esbranquiçadas não coçam, não ardem e não são contagiosas. Mas comprometem a qualidade de vida de quem é portador de vitiligo. VivaSaúde investiga as causas dessa doença que atinge uma em cada 100 pessoas

por André Bernardo ¦ Arte Amanda Matsuda

Waldir Matos é funcionário público, tem 50 anos e mora no Rio de Janeiro. Marcos Vicentti é fotógrafo, tem 43 e vive no Acre. Os dois não se conhecem, mas compartilham uma mesma história de vida. Ambos são portadores de vitiligo, doença caracterizada pela despigmentação total ou parcial da pele, que provoca manchas esbranquiçadas no corpo e atinge cerca de 1% da população mundial.
Waldir diz que as primeiras manchas surgiram na infância, por volta dos 5 anos, quando ele adoeceu, vítima de uma gastroenterite. "O vitiligo não coça, não arde e não pega. Mas deforma o corpo. Na época, eu não entendia por quê, de uma família de seis irmãos, eu era o único portador da doença. A infância foi a pior fase. Eu me sentia excluído de tudo", recorda.
Marcos começou a apresentar os primeiros sintomas da doença já adulto, aos 28 anos, após um divórcio. "O início é sempre complicado. Você não conhece direito a doença e vê seu corpo mudando. Para piorar, as pessoas ainda olham diferente para você. Mas, com o tempo, você aprende a lidar com o preconceito", garante.